dema
Margaridas
dobram-se sobre as hastes.
Calor
infernal.
Murchos,
inclusive, meus pensamentos.
Pássaros
querelam pelos tolos insetos,
dispensam
lagartas céleres em busca de paredes
cobertas.
Domésticas
“rapam” do serviço; as madames, na certa,
não
voltam cedo do shopping. (Do shopping?)
Verdade,
surrupiaram a verba para as escolas de pau a pique.
Abarrotados,
os cofres suíços e de Cayman recusam dólares sujos.
Apagam-se
as centelhas restantes do matutino ataque de mísseis russos aos redutos
bárbaros nas terras sírio-iraquianas.
Contêineres
brancos cozinham, dia após dia, milhares de refugiados por ali.
Escravizadas
meninas yazidis, fugidas de seus estupradores,
tentam
expulsar os traumas para o espaço vazio em que fitam.
Faltam
anjos para a guarda dos vivos.
Talvez
estejam se dopando na América ou a abusar de coroinhas.
Ao
capital pouco importa o regime, a ideologia.
E
agora? Onde a propina para as eleições seguintes?
Se
as instituições funcionam, rotulam-nas parciais.
Hospitais
e postos já não atendem: doentes de mais e recursos de menos.
Deus,
só de butuca: “imprestáveis!”.
Perdido
nesse mundo abestado, eu. Você?
Quem sabe “Marte”!
Quem sabe “Marte”!
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