dema
É de
manhã.
Sábado
de sol e pardais.
No
azul transparente de infinito,
raras
e esparsas nuvens.
Uma
brisa leve nina as folhas das palmeiras.
A piaba
emerge em salto
e abocanha
o incauto inseto.
Círculos
de minúsculas ondas
se
produzem no espelho d’água,
desenhando
a percussão do fato.
O cão
ressona à sombra,
enquanto,
aqui, desejamos
que
os corruptos se autodevorem.
Do
outro lado, homens afogam crianças,
decepam
cabeças,
tornam
as cidades escombros,
matam-se
no front.
Refugiados
e migrantes no beco,
sem
ida e sem volta.
Do
mirante do universo,
Deus
abre um largo sorriso e pensa:
que
se fodam!
EM DEMASILVA
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