dema
Pretendera,
sim, ter-te amado sempre,
mais
e mais e mais, bem mais do que fiz;
se
acaso esqueceste, espero te lembres
que
o meu desejo era te ver feliz.
Rogo
desculpas, sou um fracassado,
muito
inconstante o meu amor passado;
teu
triste olhar, juiz que me condena,
sentir
por ti e por mim profunda pena.
Nada
de amor, apenas ilusão?
Mas,
se houve amor, quando é que ele se foi?
Não
recordo o tempo em que o coração
deixou
de te amar, de dizer-te um “oi”.
Deslembro
também foste preterida,
continuamente
estiveste ao meu lado;
julgava
seres tu minha querida,
me
acreditava ser teu bem amado.
Qual
a quimera, pois, que nos ferira,
quebrando
o laço de nossa união?
Fora
a rotina, que ora inda delira,
exéquias
longas de separação?
Ou
quiçá ausência de corte manente
alçando
as almas para estágio etéreo,
olvidado
o tempo, enlevo fremente,
senso
de ventura, nunca funéreo?
Talvez
o fado há muito planejado,
_ Dize-me,
Senhor, se assim nos quisera;
ao
que se sabe, tens é desejado
alcançar
co’amor todas as esferas.
Pretendera,
sim, ter-te amado sempre,
mais
e mais e mais, bem mais do que fiz;
se
acaso esqueceste, espero te lembres
que
o meu desejo era te ver feliz.
ver em demasilva
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