Inveja

dema

Rebento de puta e diabo

inveja tem chifres e rabo,

alija, difama, maldiz,

por óbvio, é também meretriz.

Calunia, alfineta, mente

(nem Eva escapou da serpente,

comeu do fruto proibido,

maldito ofídio cupido).

Cobiça ser mais do que deus,

mofar de Osiris e Zeus.

Que te cuides, coração puro,

evita o maligno veneno

pois ódio fatal gera, eu juro,

ausente antídoto terreno.

Tão grande o mal, quando te afeta,

tu pecarias, velho asceta.

Então, foge da desavença,

escuda-te na indiferença.

Tomara, pois, a lança vil

retorne à “puta que a pariu”.

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Retiro 2014 – Pedrinhas

dema

Deus se comunica conosco de maneiras diversas. Como é bom e agradável ouvir e interiorizar sua palavra. Tão simples, não tão fácil, o carisma fundacional de Sto. Afonso: seguir Jesus Cristo, isto é, continuar sua obra, anunciar e viver a redenção. Na verdade, esse anunciar constitui-se no encarnar o verbo. Nada de expressão meramente oral a se perder em ondas pelo universo, mas ser a palavra viva redentora, não importa onde e direcionar a palavra-exemplo a quem dela pobre, carente. Ser o exemplo que arrasta e congrega. Que Maria, nossa mãe, maternidade essa conferida por Jesus, nos auxilie na empreitada, cada qual na sua e, no todo, o carisma em plenitude.

Gratidão e abraço ao Pregador Vanin, ao Guru Dezidério, à ansiosa e dedicada Diretoria, aos velhos e novos amigos, sobretudo a Deus e à Virgem Aparecida.

Até o próximo.

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Pretendera

dema

Pretendera, sim, ter-te amado sempre,

mais e mais e mais, bem mais do que fiz;

se acaso esqueceste, espero te lembres

que o meu desejo era te ver feliz.

Rogo desculpas, sou um fracassado,

muito inconstante o meu amor passado;

teu triste olhar, juiz que me condena,

sentir por ti e por mim profunda pena.

Nada de amor, apenas ilusão?

Mas, se houve amor, quando é que ele se foi?

Não recordo o tempo em que o coração

deixou de te amar, de dizer-te um “oi”.

Deslembro também foste preterida,

continuamente estiveste ao meu lado;

julgava seres tu minha querida,

me acreditava ser teu bem amado.

Qual a quimera, pois, que nos ferira,

quebrando o laço de nossa união?

Fora a rotina, que ora inda delira,

exéquias  longas de separação?

Ou quiçá ausência de corte manente

alçando as almas para estágio etéreo,

olvidado o tempo, enlevo fremente,

senso de ventura, nunca funéreo?

Talvez o fado há muito planejado,

_ Dize-me, Senhor, se assim nos quisera;

ao que se sabe, tens é desejado

alcançar co’amor todas as esferas.

Pretendera, sim, ter-te amado sempre,

mais e mais e mais, bem mais do que fiz;

se acaso esqueceste, espero te lembres

que o meu desejo era te ver feliz.

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Súplica

dema

Ao Deus que me abraça,

Senhor Javé,

louvo com raça,

peço com fé:

me ame,

sobre mim derrame

perdão e graça

e assim se faça;

sei que não falha,

então me guarde,

me resguarde

em qualquer batalha;

rogo me veja,

me proteja

de quem me inveja

e mal me deseja.

Senhor,  me valha,

me vele,

me livre

do tiro do canalha,

mas também permita

eu tornar amigos

até os inimigos

e quem me evita;

quero inda, Senhor,

lhe retribuir,

espalhando amor

onde o ódio ferir.

Senhor, obrigado,

não me julgue louco,

releve o pecado

de lhe amar tão pouco.

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