segunda-feira, 13 de maio de 2013

BALADA SOLTA



dema

O canto que canto
é-te causa de encanto (e de pranto).
No entanto, não sei se o encanto (e a que tanto)
é-te maior ou menor do que o pranto.

Se acaso uma lágrima rola,
sei que é lembrança de ti,
é saudade que mata e consola,
é retrato do meu sentir.

São fatos, são feitos, são fora
de uma paixão-frenesi
que fazem com que minh’alma chore,
vivendo eu tão longe de ti.

Que esperar da vida vivida
como se fora uma flor
que exala, vez desabrochada,
glamour, beleza e olor.

É como uma fuga da morte,
qual a sorte a nos aguardar.
Para que, então, dela fugir
quem não é mais capaz de amar?

E assim vou levando a vida,
sonhando com teu regressar,
mas longe a paixão doída,
razão de mui desatar.

O canto que canto
é-te causa de encanto (e de pranto).
No entanto, não sei se o encanto (e a que tanto)
é-te maior ou menor do que o pranto.




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