sábado, 12 de maio de 2012

VIOLA




dema

Inda que presas as cordas
em mãos de violeiro destro,
a viola chora mágoas
que emanam de finos versos.


Na louvação da saudade
e das lembranças de outrora,
expulsa a tristeza d’alma,
bota a alegria pra fora.


Faz vibrante o coração
do menestrel da viola,
cujo estro se agiganta
depois que a lágrima rola.


Se antes foi tristeza tanta,
ora tudo vira festa,
prima a arte onde era o pranto,
surge o belo co’a seresta.


Se acaso pintar o fado,
em harmonia vem ponteado,
como carta de alforria,
chega e dá o seu recado.


O que amarras figurava
traz sabor à melodia,
que por toda a noite em claro
canta o amor na boemia.


É a magia da viola
produzindo esta poesia.

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