segunda-feira, 23 de abril de 2012

Menina moça



dema

Lá vem a menina moça,
cintura delgada, quadris aprumados,
os seios hígidos e rijos, inda não devastados,
a pele viçosa, lisa, os cabelos cheios de vida.
Cruza por mim, não me olha ou, se olha, não me vê.
A vida inteira a espera, à espreita.
Os hormônios à flor, talvez a pensar no amor,
ou na prova da faculdade, na balada da sexta,
na viagem do sábado.
Aonde ela vai? Segui-la não posso, nem mesmo com os olhos.
Os anos cerceiam o pensar, a conduta que induz ao desejo,
ao querer, ao agir. Ela simplesmente passa.
Oh! Deus, mas que graça!!!
...

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