Foi então que descobri que a felicidade não passa de momentos agradáveis que se sobrepõem à somatória daqueles desagradáveis.
Nesse sentido, com muita propriedade, a poetisa assim se manifesta:
* * *
Felicidade
É acordar cedinho
é comer pão de queijo
é andar descalça
é tomar um banho e
me sentir perfumada
é queijo com goiabada
é almoço com pitada
de carinho de mãe
é ouvir minha música
preferida no volume alto
é andar no Parque do Sabiá
é ouvir o canto do sabiá
é tomar sol e beber
uma água de coco
é aquele sorvete preferido
no meio da praça
é criança brincando
é estar apaixonada
é respirar e estar viva
com o coração pulsando
de desejo para realizar
estas pequenas coisas...
E que pena que, em alguns
momentos, eu duvido
de sua existência.
* * * Lucilaine de Fátima em
"O Avesso do Ser" (Assis Editora, 2010)
Ao que parece, a felicidade pode estar muito mais próxima de nós do que podíamos imaginar.
Parabens, Lucilaine, pela singeleza, propriedade e acerto em demonstrar por pequenos fatos o real conceito de felicidade.
(Dema)