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domingo, 19 de janeiro de 2014

Sem escape


(Sambinha do colofão)
dema

Morre, todo mundo morre,
muitos morrem de tristeza,
enquanto outros de porre

Se não de morte matada,
pra velhice está marcada,
quando já nem Deus socorre.
Todo mundo morre, morre.

Grande parte por doença,
uns milhões por acidente,
é verdade, não é crença,
“bicho home” é imprudente.

Se a morte te rodeia,
não lhe mostres cara feia,
senão, sorrindo, a danada
vem e dá-te uma foiçada.

Não adianta sentir medo,
ninguém fica pra semente,
sabe-se, não é segredo,
só a morte é inclemente.

Pra que pensar em correr,
pois da morte não há escape,
caso tua carta valer,
sempre a dela será o zap.

Podes, sim, te preparar
pra ter um feliz final,
tua hora há de chegar,
faze o bem, evite o mal.

Vive a vida com alegria,
jamais fujas do prazer,
com certeza chega o dia,
o dia em que vais morrer.

Morre, todo mundo morre,
podes morrer de tristeza,
qu’eu vou morrer é de porre.




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