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sábado, 16 de fevereiro de 2013

CÉU E INFERNO


dema
 

Imagino o céu em azul suave

e o inferno vermelho-violeta;

o primeiro qual planar de bela ave

e o segundo com ardor de malagueta.

 

Há de ter no céu puro prazer

e aos etéreos seres bem sentir;

já no inferno, somente sofrer,

carência, ausência, inexistir.

 

Penso o inferno eterna solidão,

nenhum padecimento coletivo.

Coletivo, queira ou não,

gera corporativismo:

primeiro,  as vindicações,

representações, sindicalismo,

quebra-quebras  incontíveis,

lideranças corruptíveis,

manipulações à toda vista,

políticos mau-caratistas,

Lúcifer passando mal...

o inferno,  um caos infernal.

 

Penso o céu presença, festa;

o inferno, o nada, a indiferença.

Mas não sou eu quem isso atesta,

longe de mim a desavença.

De minha parte, asseguro,

posto que inda no escuro,

prefiro mesmo é a terra,

que ambos, céu e inferno, encerra.

 

 

 

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