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sábado, 8 de agosto de 2009

Verdade com grande peso moral

Afonso de Sousa Cavalcanti



Dizem por aí que "o trabalho dignifica o homem", mas há quem já tenha dito que "o trabalho aliena o trabalhador". Há quem diga que não concorde com nenhuma das duas afirmações e prefira passar dias, anos, a vida inteira, sem desejar desistir do ócio que o acompanha.
Pôncio Pilatos, ao lavar as mãos e dizer aos presentes que não encontrava culpa em Jesus, realizava um trabalho que foi condenado pelos seguidores de Jesus Cristo. Os que estavam na multidão naquele momento do julgamento de Jesus e que responderam: "crucifica-o, crucifica-o", faziam um trabalho de expectadores ou de cúmplices de Pilatos. Os dois ladrões que foram crucificados com Jesus, nos prestaram um trabalho de reflexão, nos momentos em que dialogaram acerca da possibilidade de descerem da cruz ou de solicitação de perdão e de salvação.
Os ladrões se mostraram diferentes no fim. "Um dos malfeitores crucificados blasfemava contra ele dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o, dizendo: Nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença? Nós, na verdade, com justiça, porque recebemos o castigo que os nossos atos merecem; mas este nenhum mal fez. E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus lhe respondeu: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso" (Lucas 23:39-43). Um dos ladrões permaneceu impenitente na presença da cruz de Cristo, insultando o Salvador, sem ouvir a repreensão e os apelos do companheiro que também ia morrer. O outro é tocado e tem o coração aquebrantado, repreendendo o companheiro, reconhecendo-se culpado, declarando a inocência de Cristo e suplicando para que o Senhor se lembrasse dele após a morte. Em nossa resposta à pregação da cruz de Cristo hoje, podemos ou ficar empedernidos por aquela terrível cena como um dos ladrões, ou ser tocados como o outro. A verdade moral que tem base no pedido do bom ladrão a Jesus está na resposta do Salvador a Dimas: Em verdade te digo que hoje estarás comigo no paraíso.
Tenho convicção de que o mistério da Ressurreição está em que o Senhor Deus, através de Jesus Cristo, virá nos buscar no último dia de nossa vida. A resposta de Jesus a Dimas dizendo ao bom ladrão que "hoje estarás comigo no paraíso", esta indica que aquele foi o último dias do Bom Ladrão e é neste último dia que ressuscitamos.
Gostaria de ouvir a opinião de um teólogo àcerca da ressurreição, pois há quem diga que as traduções bíblicas dificultaram a compreensão dos cristãos. Penso que é na frase marcada em vermelho que está a divergência de interpretação de várias igrejas cristãs.

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