dema
A tempestade me alerta
lançar fora meus receios,
que a vida segue em oferta,
sem redutores, sem freios.
Um convite a pisar fundo,
a viver grande aventura,
a esquecer-me d’outro mundo,
peitar este com bravura.
Ademais, será verdade
que um’outra vida haverá,
se quem partiu, cedo ou tarde,
não regressou pra contar?
O dia passa depressa,
não há como segurá-lo,
como a noite que se apressa
pra findar sem intervalo.
Gozar a vida é um dom,
condão que nem todos têm;
há quem motive algo bom
valer menos que um vintém.
Enquanto a chuva serena,
vou revendo meu projeto,
pra que esta vida pequena
seja um programa completo.
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