dema
Meu onde não tem paralelo nem fuso,
perdido me encontro e bastante confuso.
Em mar aberto, depois da procela,
lançado à sorte, sem estrela norte,
meu barco à vela à deriva desliza,
com bruma densa, numa leve brisa,
tal grão de areia de nula fortuna
que o vento transporta de duna em duna.
Na sombra da noite, me vejo cego
e não disponho de lanterna alguma.
Eis que me aflijo, em verdade, não nego;
solidão ou morte, a nova consorte,
é o que me espera e também desapruma..
Embora minh’alma, o inverso, carregue,
montão de emoções que nunca têm fim,,
de ódio, de amor, de ternura, desejos,
que há tanto tempo vens provocando em mim,
mina pronta a explodir em tacas e beijos,
se tiras o pé, acionando o estopim.
Mui mais perto quisera meu porto certo
e a luz do farol refletir tua imagem,
derradeira miragem que a Deus pedi,
advindo, com ela, absoluta certeza
de que teu grande amor de fato perdi.
Nenhum comentário:
Postar um comentário