dema
Chove
torrencialmente, chove.
Pátio
alagado.
No
peito, coração aos saltos.
Aproxima-se
o sim.
Medo,
pavor, segredo.
A
campainha soa:
uma
donzela molhada, uma rosa
e
um desejo: Seja feliz!
(Mentiroso
e desgraçado desejo,
encharcado
de chuva e de lágrimas...)
Lá
longe, mais alguém chora.
Engasga-se
com os próprios soluços.
Súbito,
estupidamente, quebra a taça.
Pelos
cacos, o amor escapa.
(Por
que te vais, oh vida minha?)
Buquê
nas mãos, véu e grinalda,
a
noiva espera que a chuva passe
e
o carro a leve para a matriz.
“Velvet,
costuras de amor”.
Amante,
amada, prometida.
Que
desgraças, meu Deus!
Lágrimas
e solidária solidão.
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