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terça-feira, 31 de julho de 2018

É fato



dema

De repente, da alta palmeira,
escorregou e caiu o pombo filhote.
Já grande e pesado,
mamãe nem pensou levantar o coitado
pelo cangote.
Ficou sem eira nem beira.
Tive um dó danado do bichinho.
Dei-lhe água, comida, fiz-lhe um ninho.
Inesperadamente, numa noite de breu,
acorreu um gato preto e o comeu.
_ Filho da puta!
Deixou-me apenas as penas
por herança e lembrança.
Se o pego, também o mato
e o capo,
ou atropelo.
Só não vou comê-lo.


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