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sábado, 3 de dezembro de 2016

Tropeço de amigo


dema


Passo o tempo em teu encalço,
jogo o laço no compasso
de teu passo e, ao abraço,
te puxo com embaraço.

Me reparas com desdém,
como se fora eu alguém
que, nesta vida ou no além,
o teu meio não contém.

Abro um sorriso amarelo,
não fazendo elo com o belo,
como a porta de um castelo
ante a dama do cutelo.

Se me és pessoa errada,
a dizer, resta-me nada,
posto que tão desejada,
pra meu bem, já descartada.

Boa sorte é que eu te digo,
não te desejo castigo
nem serei, para contigo,
mais do que um velho amigo.

em demasilva

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