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sábado, 25 de junho de 2016

Pois é...


(dema)

Inda me lembro da tua língua fria
nos dias em que descartavas fecundidade.
Enquanto não chegam as águas
do final de primavera,
sorvo o orvalho
das gélidas manhãs de inverno
e me banho, à noite, em lágrimas perenes
que merejam e vertem pela ausência tua.

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