dema
Dissabor
da perda breve,
lembro
o então deslumbramento,
mas
nem meu querer se atreve
a evocar
teu juramento.
Foram
os sonhos, as promessas,
devoradas
pelo tempo,
restaram-te
mil arestas
de
um volúvel sacramento.
Quem
a ouvir tantos lamentos,
a aguardar
ternas carícias,
posto
afáveis, infrequentes;
compreender
os sentimentos,
decifrar
tolas malícias,
palavras
inconsequentes?
De
quem esperar ternura,
o inquirir,
com gentileza,
porquê
de tanta amargura
e
em minh’alma gran tristeza?
Ao
temor do desenlace,
o coração
salta fora,
correm
lágrimas na face,
pois
bem sei que vais embora.
Me
pergunto se algum dia
sentiste
felicidade
ou
só instantes de alegria,
dos
que não deixam saudade.
Releva
se porventura
eu
tentar prender-te a mim,
se
faltar-me compostura,
ao
ver-te zarpar assim
Fruto
apenas do sentir,
sentir
que se perpetua,
antes
mesmo de partires,
sofro
imensa falta tua.
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