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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Mesmice

dema

Cisco pra lá, cisco pra cá...
cisco pra cá e pra lá e bico...
cisco e bico...
e cisco e cisco e bico.

Minhoquinha extra!
Vixe mainha, tem briga...
e brigo e cisco e bico.

Formiga mancueba,
que vem doutra gleba?
Cisco e bico.

Cisco pra lá e pra cá...
ah não! é ração que me dão.

Cisco pra lá e pra cá...
e crac... crac...
de novo? É casca de ovo.

Cisco pra lá e pra cá... e bico,
ô bicho, e não passa disso.

Queria mesmo é ser ave de pasto,
estar cada dia em lugar diferente;
bem longe daqui, afundar o meu rasto,
tocar doutro jeito essa vida pra frente,
piolho e poleiro acabam com a gente.

Diz-se que há risco,
mas nisso eu invisto.
Quem sabe eu fugisse
da eterna mesmice?

Co – co – ri – có…
co – co – ri – có…

Não, não, não, meu senhor,
solte-me, faça o favor!
Não, não, não, senhor moço,
por favor, não me torça o pescoço!


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