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segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Pelo mundo



dema

  

Em rinhas de petrodólares,
sacropatos selvagens se matam.
No meio dos oceanos,
de plástico em plástico,
albatrozes estufam o papo
e pagam o pato.
Ave mors!

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Crueldade em lamento

dema

A poesia chora a crueldade humana.
Dádiva divina, chegou-nos a vida,
porém, a não poucos, assaz combalida.
Não se explica o modo vil-banal- insano
de como a trata o poder palaciano
e o tráfico e bombas do terror suicida.
Até onde a cruz redime e o Livro mata?
Ou é subterfúgio, apenas bravata?
Que mais acomete a alma prisioneira
de quem, promíscuo, arroga santidade,
senão invejada alheia liberdade,
quando usufruída da melhor maneira?
O que acirra o ódio do que quer pra si
todo o bem do próximo, a fortuna farta,
e faz disso o ópio, pondo-o a perseguir
qualquer vida aliena? Crê que o desacata?
De que vale ao louco ter fé infartada,
pra barrar a vida do infiel decente?
Infidelidade em cabeça demente,
que só a própria crença entende acertada.
A poesia chora a crueldade humana,
a morte de Zés e de estupradas Anas.
Diante deste caos, imploro por socorro,
que o Senhor da vida mude a nossa sorte,
de nós tire o gene que conduz à morte,
e vire esta página de sangue e choro.


em demasilva

segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Sarau Gotas Poéticas - I quinquênio

ivone conjecturas

CINCO ANOS DE SARAU

GOTAS POÉTICAS

                     quarteto sabor demais
Além de extremamente proveitoso, eficazmente produtivo. Muito obrigado a Ivone de Assis, responsável pelos eventos e uma das idealizadoras. Parabéns a todos os participantes, grupo cada vez mais crescente.
Toda última quinta feira de mês - 19:00 hs na Assis Editora.

Clicando aqui, você vê alguns livros resultantes nesse e desse projeto.

Agora, uma entrevista de grupo no MANHÃ TOTAL, da TV PARANAÍBA, afilidada Record.

Entrevista com Tânia Costa no Programa de Patrícia Caetano.

terça-feira, 17 de novembro de 2015

Os botos

dema


Os botos,
garotos marotos,
famintos, afoitos,
lançam-se à caça.
Depois,
satisfeitos,
conforme a fama,
longe da lama,
nas águas limpas do meio,
sem qualquer receio,
celebram seus feitos.
Emergem aos saltos,
cada qual mais alto,
dando show de graça.
Quando em busca de ar,
pouco importa o lugar,
e os risonhos meninos
cumprem o próprio destino.
Crianças travessas
brincando nas praças
dos rios, dos mares, dos lagos,
colhendo os afagos
de meus olhos cheios de lágrimas.
Meus Deus,
que beleza,
essa natureza
que o Senhor nos deu,
sejamos nós ricos ou pobres,
sejamos nós nobres
ou simplesmente plebeus!




http://www.demasilva.com.br/PINEDITOS/BOTOS.html

segunda-feira, 16 de novembro de 2015