dema
Às minorias vítimas de extermínio pela
barbárie
Viver
ou morrer,
há
diferença?
Casa
em escombros,
esposa
estuprada,
sequestradas
as filhas,
e
o filho crucificado.
A
quem matar?
Como
morrer?
Se
Deus existe, onde está?
Que
chão é este?
E
a gente que nos desbarata?
Por
quê chorar, não há mais.
Secaram-se
as lágrimas,
Aviva-se
o ódio.
O
pó das relíquias destruídas
alveja
a terra do óleo negro,
que
o sumo nosso insiste em fazê-la escarlate.
Vê-se
a história saqueada.
Resta
nada.
Onde
o Ocidente?
Sobre
a areia
umedecida
ao borbulhante líquido das artérias,
órgãos
esbugalhados lançam derradeiro olhar
sobre
os próprios corpos acéfalos.
Alá,
leva-me a outra esfera!
Mil
vezes o pipocar da metralhadora!
Ergo
os braços e corro
para
estrangular a morte.
Vejo
gotas vermelhas que espirram
e perseguem
os projéteis que me vazam...
Cambaleio...
camba... leio...
Não leio mais...
Não leio mais...
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