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quarta-feira, 14 de agosto de 2013

É PRECISO AMAR

dema

Se em minh’alma,
a tristeza faz moradia ,
fenece o corpo,
cheira apodrecido;
olhos secos e fundos,
olhar moribundo,
ausentes as lágrimas
à  visão de mundo.

Mórbida lua no céu passeia,
pra fugir de estrelas, qualquer clarão;
busca esconder-se nas negras nuvens,
irmã desertora de meu coração.

De preferir-se, por certo, a morte
à maldita sorte,
não ter na vida uma paixão.
Os ecos moucos, no ataúde,
vindos de sinos, badalos roucos,
noticiando tardia ida
do indigente que errou a trilha
e, despercebido,
chegou à vida.

Alma esquisita
a vagar maldita
pelo infinito a descoberto,
fantasma certo do caminheiro
que anda perdido pelo deserto.

É preciso amar...

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