dema
De excessiva intransigência
mesmo em coisas
pequeninas,
dado o gênio
seletivo,
posto poucas
cultivadas,
de amizades, com
insistência, desdenhara;
arrogante
independência de si todos expulsara,
formatando seu
destino.
Tempo bom,
antigamente, era menino,
vislumbrado com o
mundo (divino lhe parecia),
como em reino
encantado sua vida era alegria:
seus amigos, seus
amores, fantasias.
Na redoma edificada
fez-se seu
presidiário,
mais parece um homem-fera
Dela não quer ser
mais dono,
muito menos
locatário
e paga caro, paga
caro,
elevado numerário.
Por muito se lhe
dissessem que tomasse mais cuidado,
que ninguém vive
sozinho, qu’ isso ao homem não é dado,
(seja o mais
independente
irá tornar-se um
indigente),
optou por se provar que
tais conselhos eram blefe,
pois, melhor que
qualquer outro, seria seu próprio chefe.
Passado certo tempo,
veio entrando em desespero,
confirmando lhe a
vida que o sozinho não é inteiro,
não há quem a se
bastar, se a terceiros for inútil,
tudo vira
sofrimento, quando não a vida fútil.
Ser em si e para si,
há de requerer também
que se seja para o
outro ou não se será alguém.
Que se quebre a
redoma
(e outro rumo a vida
toma)
ou que se a
gaseifique
e nenhum ser a
reivindique.
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