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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Desencanto cotidiano

dema

O pranto em canto
retarda, por enquanto,
o encanto deste recanto.
_ Que desencanto!


Espalhafatoso
espalha fato.
_ Só?
_ Falha.


_ Delícia!
_ (...) Acabou o pó, Cabo de Polícia?


Nada
redestina
a predestinada.


Na putaria
a puta ria.
Ária.


O pato de sapato
papa a sapa.
A sapa topa.
Ôpa!


Ovo de novo,
ova de cova.
Ô, vô,
desova na cova!


Coração
sabe de cor
a oração.


_ Amém!

















quinta-feira, 29 de novembro de 2012

O novo

dema

Acirra-me a vontade de tornar-me venturoso,
de coser u’a parceria com o Todo Poderoso,
de fazer o inusitado, de coisa que jamais houve,
partilhar da criação, como a Deus bem isso aprouve.
Porém, do que me advém, não há nada que
assim calha;
mexo e remexo ideias, vem nenhuma que
então valha.
Quando penso que a criei,
já percebo o déjà vu.
Entristeço-me, não esqueço,
tal criar é descobrir.
Nosso “ter de”, quiçá, ‘steja
no modo de a intuir,
pois, do nada criar algo
só a Deus cabe o fruir.
Inda mesmo a descoberta
não me chega de repente,
coisa nova não vislumbro,
por demais que eu o tente.
Eis que teço elogios
ao que o novo traz a lume,
em partilha da Trindade,
qual piscar de vagalume.
As centelhas descobertas
são os atos da potência,
que a matéria do universo
traz em si da criação.
Pode ser que virem causas
de, entre os homens, violência,
por disputas das benesses,
geração a geração.
Contudo, se lhes impõe
o uso da inteligência,
no crescer, multiplicar-se,
no gozar a opulência.
Há quem diga que o novo
vê-se na simplicidade.
Pode o gênio enxergá-lo
até com facilidade;
mas, a mim, que não sou gênio,
resta tão só aplaudir.
Visto a toga da humildade
e, com muita ansiedade,
espero o gênio o descobrir.

domingo, 18 de novembro de 2012

Sê feliz!

dema

Que poderia eu dizer,
se a cada um seu destino,
tanto faz não ou querer,
co’ele, já nasce o menino.
Seu momento me é partida,
pra ele, página nova;
para mim, mais despedida;
pra ele, a vida se inova.
Conquista de antiga busca,
do amor que ora o arresta,
é felicidade, é festa
que à minha tristeza ofusca.
Advem-me alegria triste,
talvez nem sentida antes;
como a todo instante insiste,
temo que pra doravante.
Enquanto abraço meu filho,
chorando, a Deus agradeço,
rebento de garra e brilho,
Senhor, nem sei se o mereço.
Que lute sempre na vida,
que lhe seja abençoada;
perenal com su’amada,
lhe arrime o amor a partida.

_ Sê feliz, meu querido filho,
faze a parte a ti reservada.
Te sustente pra sempre nos trilhos
o amor da eterna namorada!


17/11/2012


 

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Pelos fundos


dema

Procuro adentrar o mundo das letras pela porta dos fundos. Chegarei lá? Sei lá.
No entanto, é pela porta lateral ou pela dos fundos que os atores se dirigem aos camarins e depois ao palco, para, iluminados da ribalta, produzirem o espetáculo.
Mas como me tornar espetáculo de mim mesmo, se pouco sei, se quase nada sei, se o que sei já nem mais sei se sei ou para que serve o que sei?
Um mundo perdido no tempo, num universo próprio, onde Deus entra de teimoso ou porque ali se encontrava quando o tranquei.
O universo da fraternidade do eu só.
Mas e as letras, que perambulam nesse universo e não se prendem por barreiras apenas imaginadas, que perpassam, indo e vindo, corações, mentes e solidões?
Ah, persistirei nesse intento, ainda que não se abram as cortinas para o espetáculo. Ao menos assim o universo solilóquio existirá.













































sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Ch(x)ás



dema



Que dos ch(x)ás, óh, Xentea?

Não havia antigamente?


Xá da Pérsia, do Afeganistão,


Pavlev, Zahir Xá,


Dize-me cá, Senhor Ahmadinejad.


E o chá das cinco, só pras damas anglicanas


em chalés, de xale, servidas por mucamas?


Ah, os Xavantes


já não são como dantes.


Quebrou-se o nariz


do leão do chafariz.


Chá de horta, chá-mate,


ora de xaxim ou de saco;


se de saco, sem aroma, _ que saco!


Charles de Gaulle é aeroporto


de país sério? Mistério!


Inda bem resta o xadrez


de xeque-mate, porque o xilindró


segura apenas João Jiló.


Xeiques? Ora só!!!


Mormente hoje em que chacina


virou moda, corre a roda,


charqueada.


Não sou chacal,

sou do bem, não sou do mal.


Quero mesmo é o que resta abundante


de xaveco e de chamego


e chá na chaleira, Bem,


que sou chegante.


Ôpa!
 



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Xucro


dema

Insulta-me, da língua,
a riqueza vocabular.
Palavras nobres e pulcras,
suaves e fortes,
amargas e doces
instigam-me o alar.
Passo ao largo,
com a mente vasta,
o conhecimento curto,
desejo enorme qual sonhar,
pela ausência funda
de um propício tema
p’ra que as articule
em neopoema.
Sou poeta errante.
De assunto,
pobre ignorante,
como tendo asas
sem saber voar.
Ante o tesouro
de vocábulos d’ouro,
sou burroxucro,
não o sei usar.
Onde a verve, o estro?
Vítimas de sequestro?
É o que sinto,
não minto;
não o que quero:
eu me desespero.


 

terça-feira, 6 de novembro de 2012

V TORNEIO DE TRUCO “ENTRE AMIGOS”


Promoção: Dema & D2S

Onde? “DEMA’S HOME – UDI”



Sábado, 03/11/2012, mais uma edição do “Truco Entre Amigos” na casa de Dema. Das 12 a mais 12 horas. 12 duplas. De mamando a caducando (meninos e suas girlfriends). Nunca se viu tantas canecas por conta de somente dois troféus. Churrasco, cerveja e (não sei de onde surgiram) algumas amarelinhas do Norte de Minas (o rótulo)... cachaça!!!!

Alguém tinha que ser campeão. Nesta quinta edição, a dupla “Rei de Paus” levou , Antônio (o Tõe) e Zé (o brother). Parabéns.

Um agradecimento a todos os que estiveram presentes e fizeram acontecer o evento e um especial ao churrasqueiro (de grátis), Ilton, bem assim ao fotógrafo oficial, JBosco. Afinal, D2s, sogrão é “pressas” coisas, não?

Um abraço a todos e o convite para o próximo, não tão próximo e nem tão distante.

Valeu!!!

Vamos às fotos.