dema
Onde estás que não te vejo
ou por que de mim te escondes?
Só acirras meu desejo
de, ao te ver, roubar-te um beijo
e enlevar-te ao muito longe.
Sabes que ando à tua procura,
mas tu foges sorrateira,
instigando-me à loucura
por saciar-te com minha jura
de um amor pra vida inteira.
Aos gemidos de prazer,
tua alma unida à minha,
num só corpo, hemos de arder,
do ocaso ao amanhecer,
em teu leito de rainha.
Quem sabe, este o teu medo,
de não seres mais só tua,
(e que ocultas por segredo,)
dos teus sonhos, sou o enredo,
revelado à mana lua.
Eis que somos prisioneiros
um do outro e do amor;
predizia o cancioneiro:
entre amantes não há primeiro,
ambos, “servo e senhor”.
Se me tens como eu a ti,
não há razão pra te esconderes,
quis o fado fosse aqui,
neste solo guarani,
se cumprissem teus quereres.
Onde estás que não te vejo?
Ah, tu feres meu direito,
só acirras meu desejo
de, ao te ver, roubar-te um beijo
e apertar-te contra o peito.
...
"NUNCA É TARDE" é um blog que divulga ideias e produções que podem incrementar sua bagagem cultural. Traz textos profissionais, religiosos, literários, filosóficos, dentre outros.
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