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sexta-feira, 27 de julho de 2012

PERDIDO


dema

A vida passa voando,
mas agora sou eu quem voa.
Venho, não sei desde quando,
nem de onde ou qual rumo tomo.
Vou me levando pela vida à toa.
Não fiz o plano de voo,
sequer sei quem foi que mo deu,
mas me perdoo.
Terá vindo pronto de Deus
ou proveio de algum gnomo?
Se me atiro para o infinito,
(há estrelas no meu caminho?)
ofusca-me a luz e eu grito,
ao voar cego e sozinho.
Queima-me o sol as retinas,
cerradas já me as meninas.
As sombras da noite não as sinto.
Perdido no espaço me encontro,
no tempo estou como menino
e a quem quer que seja não minto:
espero com a vida o reencontro,
pra traçar o meu próprio destino.

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