dema
Inda que presas as cordas
em mãos de violeiro destro,
a viola chora mágoas
que emanam de finos versos.
Na louvação da saudade
e das lembranças de outrora,
expulsa a tristeza d’alma,
bota a alegria pra fora.
Faz vibrante o coração
do menestrel da viola,
cujo estro se agiganta
depois que a lágrima rola.
Se antes foi tristeza tanta,
ora tudo vira festa,
prima a arte onde era o pranto,
surge o belo co’a seresta.
Se acaso pintar o fado,
em harmonia vem ponteado,
como carta de alforria,
chega e dá o seu recado.
O que amarras figurava
traz sabor à melodia,
que por toda a noite em claro
canta o amor na boemia.
É a magia da viola
produzindo esta poesia.
"NUNCA É TARDE" é um blog que divulga ideias e produções que podem incrementar sua bagagem cultural. Traz textos profissionais, religiosos, literários, filosóficos, dentre outros.
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