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domingo, 22 de abril de 2012

Laura


dema

Laura imagina-se Amélia,
mas jamais se entregou.
Sempre sóbria, prioriza
trabalho ao amor.
Ombreia tristeza eterna,
alegria lhe é quimera,
obrigar-se, valor.
Laura, uma flor em pedra,
coração de bronze,
alma esculpida em ouro.
Desconhece-se mulher,
pensa saber o que quer.
Laura, ser intocado, carente
de tirar as sandálias e, descalça,
pisar o chão,
despir-se e
pecar.
Então, talvez,
Laura, um tesouro!

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