Dentre as mulheres que amei, apenas duas
se apossaram de minh’alma em nome delas.
A primeira procedeu com falcatruas,
se fingindo ser pra mim a Cinderela.
Sua imagem angelical e pueril
fez -se tela de meus sonhos pela vida.
Por anos longos de amor me pôs estéril,
solitário filho da paixão bandida.
Mas aos poucos me dei conta do engano
que o amor primaveril pode causar.
Me consolo com ausência de algum plano,
mais sofreria por não a querer amar.
A segunda medicou meu coração,
trouxe alento à minh’alma tão sofrida,
foi suporte para nova direção
e tomarmos as rédeas de nossa vida.
Realista, esse amor que encontrei,
a donzela, para mim, a mais querida,
pois sem ela eu viver já mais não sei,
feitos fomos sob u’a mesma medida.
Bem verdade que nem tudo é perfeição,
inda assim não se anda à cata de aventura,
ou minora tamanha dedicação,
sequer chance de pensar em desventura.
Que Deus queira receber a gratidão
por eu poder amar, como ser amado.
Pensando bem, somos um só coração,
eu e a mulher, com a qual fui presenteado.
...
"NUNCA É TARDE" é um blog que divulga ideias e produções que podem incrementar sua bagagem cultural. Traz textos profissionais, religiosos, literários, filosóficos, dentre outros.
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quarta-feira, 25 de janeiro de 2012
Das mulheres que amei...
dema
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