De novo à pena da caneta,
Hoje teclado digital,
Pronto para cantar a dor,
Para cantar o amor,
Falar do bem e do mal.
Dar vida para a saudade,
Melhor entender a tristeza,
Denunciar toda maldade
E aquele que maltrata
Até a própria natureza.
Ser vate não é fácil mesmo,
Pois a inspiração é intermitente,
Por vezes ele vaga a esmo,
Nefelibata, qual demente.
Mas na escuridão da noite,
Vazia a alma a procurar
Os fados, fatos que emocionam
Qualquer gente em qualquer lugar,
Poeta, põe-se a soluçar.
Quimeras lhe oprimindo o peito,
Caçador de amores e ilusão,
Se o belo for o par perfeito,
Pr’outras plagas vai-se a profissão.
Pode ser que a felicidade
Esteja, sim, em buscar perfeição,
Trajetória de trabalho e dor,
Pra conquistar o amor
Em toda sua dimensão.
Eis aí a minha nobre sina,
Que só Deus pode iluminar,
Enviar-me a musa que ensina
Nessa trilha a desviar das minas e
A tecer uns versos soltos, loucos,
Mas que induzem um pouco
A aprender a amar.
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