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terça-feira, 16 de novembro de 2010

A felicidade

Por muitos anos equivoquei-me quanto ao conceito de felicidade. Interpretando-a como a meta principal do ser humano, imaginava-a como um estado eterno de êxtase prazeroso. Hoje, todavia, entendo que este êxtase permanente consumiria todas as energias ou seria enfadonho tanto que deixaria de ser desejável.
Foi então que descobri que a felicidade não passa de momentos agradáveis que se sobrepõem à somatória daqueles desagradáveis.
Nesse sentido, com muita propriedade, a poetisa assim se manifesta:

 * * *
Felicidade
É acordar cedinho
é comer pão de queijo
é andar descalça
é tomar um banho e
me sentir perfumada
é queijo com goiabada
é almoço com pitada
de carinho de mãe
é ouvir minha música
preferida no volume alto
é andar no Parque do Sabiá
é ouvir o canto do sabiá
é tomar sol e beber
uma água de coco
é aquele sorvete preferido
no meio da praça
é criança brincando
é estar apaixonada
é respirar e estar viva
com o coração pulsando
de desejo para realizar
estas pequenas coisas...

E que pena que, em alguns
momentos, eu duvido
de sua existência.

* * * Lucilaine de Fátima em
"O Avesso do Ser"  (Assis Editora, 2010)

Ao que parece, a felicidade pode estar muito mais próxima de nós do que podíamos imaginar.

Parabens, Lucilaine, pela singeleza, propriedade e acerto em demonstrar por pequenos fatos o real conceito de felicidade.

(Dema)

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