DEMA
Na noite mansa eu me revolto.
Te chamo, imploro, grito:
Vem!
Ah!
Me enlevo quando te elevo
Por sobre as ondas do Mar de Sá.
(lembro)
De mansinho beijo teus cabelos
De anéis molhados, dourados
À luz do sol.
(quero)
Se te assustas, eu me quedo
A segurar-te firme em meus braços fortes.
Teu olhar sereno mui profundo sugo
E a teus lábios róseos eu me entrego.
(faço)
A noite desce,
Quase adormeço.
Te aconchego num abraço longo,
Te arranco o medo d’ “o que será?”
E acalentas o meu dormir.
(acontece)
Como eu a ti sobre as ondas,
Em sonhos me embalas, Lia.
(confesso)
Meiga, terna, pura, bela!
Lia velas!
Lia minha!
Lia, ninas meu amanhecer.
(adoro)
Na manhã calma eu me consolo,
Te amo, peço, suplico:
Fica!
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