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quinta-feira, 23 de abril de 2009

KIRIOS

DEMA
De que valeu minha lógica?
Meu estudo?
A música que fiz, de que valeu?
Fui jovem,
cresci,
tive dinheiro,
viagens lindas.
De que valeu?
Estive na China,
na lua, no fundo do mar.
Vi estrelas. Briguei, amei.
E as guerras, os poemas,
de que valeram?
Na rotina, cansei-me de aventuras.
Fui ser-procura.
Vi a mim, ao outro e aos outros.
Vi o mundo efêmero e descobri:
há o Kirios.
Mais que milhões de sóis,
a luz forte brilhou
e fez nascer a aurora num dia novo.
De manhãzinha tudo era glória,
Kirios, Kirios!
E descobri que o Senhor amava,
quando mesmo eram trevas para os olhos,
entranhas para a nova vida.
Intuí o ter de amar:
amar com os dedos das mãos,
as pontas dos cabelos,
os calos dos pés;
ter de amar com os olhos,
ouvidos e lábios.
Era preciso amar com a própria vida.
Então,
trespassou-me a luz,
abriram-se-me os olhos
e percebi que em minhas veias
corria o sangue de Cristo.

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