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domingo, 22 de março de 2015

Donde as águas

dema

De onde procedem as águas
que encharcam nossos quintais,
contam-nos as Borboletas
Monarcas do Canadá,
ainda as arribaçãs,
em gorjeios- recitais,
nos voos que realizam
daqui (pra lá ) e de lá pra cá.

Pra onde correm as águas
(que não as dos rios pro mar)
de nossos mananciais
sem foz para o desaguar?
Que o digam os pivôs no campo
e os homens de má gestão
Ou mesmo as donas de casa
varrendo por lavação.

Por que sumiram as nascentes
(até a do São Francisco)
e ora se encontram doentes
os bichos fora de aprisco?

Desmate da orla dos rios.
dos lagos e nos pantanais;
de escudo os torna vazios
e chegam os areais.
Embora se vão fauna e flora,
as águas se escasseiam;
e vendo, meus olhos choram,
lágrimas não mais semeiam.

Que o Senhor nos ilumine,
nos abra de vez a razão,
e a vida então não termine
por conta da desolação.

Vida é movimento


dema

Elementar, meu caro Watson,
vida é feita de movimento.
Os olhos não ficam na bunda
nem a bunda fica na frente.
Não seria nada agradável
perseguir a merda da gente.

Caranguejo corre de lado,
inda quando a areia está quente,
mas nós outros, seres humanos,
só pisamos o chão que vemos.

Empurra, estica, então encolhe,
assim é que se movimenta,
para o que tem pernas é mole,
quem rasteja também aguenta.
Empurra, estica, então encolhe,
eis a cobra em deslocamento.

A hélice impulsiona a água,
pro barco levantar a proa;
bem se sabe, remo parado
jamais tocará a canoa.

Suas asas batem as aves
deslocam o ar e revoam;
com turbinas o faz o jato
no trajeto Rio-Lisboa.

Os peixes só se movimentam
enquanto se mexem na água.
Se as coisas caminham diverso,
trar-nos-ão, com certeza, mágoa.

Diverge de tudo, a saudade,
pois anda de frente pra trás,
não parece coisa divina,
talvez seja de Satanás.

Até mesmo as plantas terrestres
se deliciam com o vento.
Elementar, meu caro Watson,
não há vida sem movimento.

Mulher (paródia)


dema


Já tinha cacho,
todavia, na falta de gente,
macho indiferente.
Um tanto infeliz,
nenhum afeto, porém, dono
do próprio nariz.

_ Obra fajuta?
Ah, nem!
Com minha batuta
dar-lhe-ei um bem.
Espero que mereça,
no entanto, com ele, vêm
dores de cabeça.
Que sejam felizes,
se tornem matrizes
no Éden e além.

_ Obrigado, Senhor,
que coisa mais linda,
esta flor tão cheirosa,
de afeto, de amor,
dedicada, bondosa
e comporta, ainda,
o que carece em mim.
Sou feliz enfim.
Contudo, Senhor
de grandeza infinita,
dela sinto temor;
de quão esquisita
não sei donde vem.
Por ela eu peco,
eu mato e sapeco,
não temo ninguém.
Só por cremes, perfumes,
me causando queixumes,
(por que assim perdulária?)
vai até o fim do mundo,
fica a conta bancária,
é claro, sem fundos.
Uma vez me disseste
que de mim a fizeste.
Duvido que sim.
Penso que a tiraste,
pra dar a este traste,
de um outro jardim.
Ao que me parece,
nada tem de terrestre.
Mesmo se reclamo,
Tu sabes que a amo.
‘Stou sempre a dizer,
inda que sem querer,
“pois não, sim, senhora”.
Humilde, suplico:
nunca a leves embora.


sexta-feira, 13 de março de 2015

De vez em quando...

A vida fica difícil ... (depois disso)



domingo, 1 de março de 2015

VIII TORNEIO DE TRUCO ENTRE AMIGOS - 2015

Dema/D2s Inacional News 

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VIII TORNEIO DE TRUCO ENTRE AMIGOS - 2015



Sábado - 28 de fevereiro/2015 - casa de Dema.

Quebrando a mesa, com muita alegria, amizade, gritaria, cerveja, carne e marmelada (não é que o anfitrião D2s levou o troféu! Ele e Rony). O Zoin ficou nervoso, mas o que se há de fazer? Ainda foi vice em dupla com o Hélvio. 

Gente nova (isto é, que participou pela primeira vez) e a turma de sempre (tarada por festa).

Muito bom reunir todo esse pessoal. Só alegria. Obrigado a todos pelo comparecimento e compartilhamento de tamanha alegria.

Um abraço a todos e até o próximo.

Parabéns à galera toda e um especial muito obrigado ao nosso churrasqueiro oficial (Ilton) e aos fotógrafos.