"NUNCA É TARDE" é um blog que divulga ideias e produções que podem incrementar sua bagagem cultural. Traz textos profissionais, religiosos, literários, filosóficos, dentre outros.
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quinta-feira, 20 de junho de 2013
segunda-feira, 17 de junho de 2013
Tromba d’água
(dema)
Caiu chuva pesada,chuva não, tromba d’água.Levou carro, levou rua,levou ponte, levou casa,deixou mágoa,tanta gente sem nada.De então chegou o frio,lá de baixo,com geada, calafrio.Já em cima, o tornado,arrasadas as cidades,riqueza desperdiçada.Os cachorros nem querem dormir forae a poesia, no entretempo, foi-se embora.Vê-me tornado, tromba d’água, vendaval?Sou do bem, não do mal.Medo de mim? Nunca for’assim.Poesia é meu elã,Inda que não de meu clã.Sou muito mais que seu fã.Hoje, é minha vida,possivelmente meu amanhã.Que passe então o tsunami.Que ela também me ame!
Vira-desvira
(dema)A brisa-mar sopra diuturnamente as terras de costa,carcova pra sempre o dorso esguio das palmeiras.Infla-me as narinas o olor de maresia esalga-me as faces a umidade vespertina.Logo, logo, multiplicam-se no céu os pontos cintilantescom a lua cutucando o sentimento dos amantes.Em rápido chegar, a noite engole a luz de entorno,mal dando ao dia tempo de dizer adeus.No mesmo pique, antes das cinco, o reverso ocorre,a luz penetra as trevas pra parir um novo dia.Com natural beleza, contagia-mea rudeza desse vira-desvira das avessas,salivando-me um refinado sabor de poesia.Eu, cá, ponho-me a refletir e me questionose toda orla é como a da Bahia.