dema
Passando, vi-a toda em branco sobre a mesa
E imaginei-a com rabiscos de um poema.
Virá infortúnio eu macular sua pureza
Inda que nobres sejam os versos de meu tema?
Talvez aguarde ansiosa u’a mensagem
Plena de amor, de paixão e de ternura,
Como a donzela cuidando da maquiagem,
Pra ser amada por um gajo sem censura.
Então quiçá ali se encontre por olvido
Do que a tomara para lista do mercado
E pra cumprir um outro plano, esbaforido,
Nem se lembrara de onde tê-la colocado.
Mas me parece que a fortuna sobreveio
Por encontrá-la disponível pra recado.
O meu poema não seria um devaneio,
Mas um convite a alguém para um pecado.
Se por ventura aquiescência a ele houvesse,
Dela faria confortável espaçonave
A ser lançada pras estrelas quando desse,
Ou navegarmos nesse azul ultra-suave.
Deixada em branco qualquer folha sobre a mesa
Traduz sem dúvida senso proposital.
Instiga a mente a pesquisar-lhe a natureza
E à suspeita de que existe algo anormal.
...
"NUNCA É TARDE" é um blog que divulga ideias e produções que podem incrementar sua bagagem cultural. Traz textos profissionais, religiosos, literários, filosóficos, dentre outros.
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domingo, 23 de outubro de 2011
sábado, 15 de outubro de 2011
Essa Juventude...
dema
Quem dera eu pudesse entender
Esse “smart” jeito inconsequente
De agir, de pensar, de querer
Amoral, imoral, imprudente;
De cobrir-se com mil tatuagens,
Consumir álcool e pó entorpecente,
Entregar-se a qualquer sacanagem,
Perfurar-se e aferrar-se pingente.
Que de escola, de Deus, de família?
Que de vida se pensa pra frente?
Nem se sabe se é João ou Maria
E se amor é pra anjo ou pra gente.
Ai de quem lhe opuser obstáculos,
Já que a vida lhe soa banal,
Nada custa estender-lhe os tentáculos,
Dar-lhe fim na pior bacanal.
Vale Eros, Medeia e Nero,
Vale o corpo, o copo, o arrojo.
Pra galera, o sério dá nojo.
Trabalhar? Pernas pra que te quero!
Eis um quadro deveras macabro
Maculando a atual sociedade.
Chega ao cúmulo do descalabro,
Deturpando a melhor das idades.
Há de haver uma luz no horizonte
A nortear essa bel juventude.
Do futuro, em verdade, ela é fonte
E esperança que pede atitude.
Quem dera eu pudesse entender
Esse “smart” jeito inconsequente
De agir, de pensar, de querer
Amoral, imoral, imprudente;
De cobrir-se com mil tatuagens,
Consumir álcool e pó entorpecente,
Entregar-se a qualquer sacanagem,
Perfurar-se e aferrar-se pingente.
Que de escola, de Deus, de família?
Que de vida se pensa pra frente?
Nem se sabe se é João ou Maria
E se amor é pra anjo ou pra gente.
Ai de quem lhe opuser obstáculos,
Já que a vida lhe soa banal,
Nada custa estender-lhe os tentáculos,
Dar-lhe fim na pior bacanal.
Vale Eros, Medeia e Nero,
Vale o corpo, o copo, o arrojo.
Pra galera, o sério dá nojo.
Trabalhar? Pernas pra que te quero!
Eis um quadro deveras macabro
Maculando a atual sociedade.
Chega ao cúmulo do descalabro,
Deturpando a melhor das idades.
Há de haver uma luz no horizonte
A nortear essa bel juventude.
Do futuro, em verdade, ela é fonte
E esperança que pede atitude.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
Enlace
Hoje, 06 de outubro de 2011.
no civil.
Pareceram-me muito felizes.
Restou em mim um vazio dolorido,
perda grande.
Sinto-me murchando um pouco mais.
Há de ser o início do sozinho,
aquele da terceira idade.
Como se me arrancassem um pedaço,
mas doendo no coração,
no fundo da alma.
Desejo-lhes o bem, construção, sucesso
e me brindo com um troféu de amargura,
fruta ácida enrugando a boca,
tamarindo verde ou cajá-manga só de vez.
Vivam a vida!!!
Façam-se!!!
Deus lhes seja o guia, a luz, o apoio e
lhes encha de graças.
Amém.