sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Vigilante


dema



Chama-me a tarde a ver uma vez mais o sol,
que logo, logo, irá esconder-se no horizonte.
Precavida e lúcida, propõe despedida.
Não obstante a esperança, sempre incerta é a vida.

O ofuscar das estrelas na manhã seguinte
há invocar-me de novo a dizer-lhe bom-dia.
Tomara que chegue e, ao fim da luz, outra tarde
refaça o convite e ressalte o mesmo alarde.

Talvez guarde sigilo, qual sábia vetusta
que previne o imprudente a se manter alerta.
Mil vezes uma prece à divindade augusta
e aproveitar o dia que a manhã desperta.

Quando se der o fato, inda que de repente,
não o será a mim inesperadamente.
Absorvê-lo-ei em seu sabor natural,
sem constrição alguma, como um 'gran finale'.

Em demasilva

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