domingo, 20 de abril de 2014

Transcendental

dema

Fixa-se o olhar transcendental no etéreo espaço
à procura do sublime, do imortal da alma.
Ignora objetos, obscuros lhe parecem,
sem reflexo de imagens para cerebrais mensagens.
Ausente o tempo, o imperfeito, a espera,
longe o corpóreo,
a luz, mesmo a flor de primavera.
Visão mágica do querer e do poder a imprimir divina alegoria.
O espírito levita noutra dimensão,
na seara do perfeito, da verdade, da pureza;
sem metamorfose, inerente à natureza,
ou burburinho na harmônica sinfonia além-matéria;
calmaria do não-ser ao ser que se apazigua noutra esfera.
Paira o anespúrio em névoa-endorfina,
bem estar intenso, profundo.
Está-se, com certeza, extramundo. 

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