domingo, 13 de setembro de 2009

EFEMERIDADE

DEMA
Quão bom seria parasse o tempo,
Durasse a vida uma eternidade,
Não existisse o sofrimento
No ser que pensa a efemeridade.

“Não ser dono do próprio negócio,
Ver no horizonte o chegar esperado,
Tremer entranhas com o fim tão próximo,
Não ter a certeza de que há outro lado.”

Ânsia constante do ser criatura
De querer para si imortalidade,
Se muito intensa, conduz à loucura
Ou encurta prazo com infelicidade.

Se razoável almejar-se pra sempre,
Há que inerente a perpetuidade
Na natureza desse vivente
À semelhança da Divindade.

Se d’outro lado encontrar-se o nada,
Melhor seria não ter vivido,
Pois que à vida falta sentido
Se não projetada à perenidade.

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